49° dia - Crestview à Marianna

Como o caminho para Marianna seria longo, algo em torno de 93 milhas / 149,5 km, a mesa de lanches estava promta às 6:30 para que o pessoal partisse logo. Eu me atrasei um pouco e saí por último. Bicicleta limpa, comecei a pedalar e qual não foi minha surpresa... O tal barulho continuava!! Fiquei chateada. Mudava as marchas, achando que era eu que devia estar fazendo algo errado...
Daí, comecei a sentir pingos de chuva e pensei em voltar, pois não estava a fim nem muito menos preparada para pegar chuva. Após 4 milhas / 6,4 km, a corrente saiu do lugar, enquanto subia uma rua e caí; aí um cachorro saiu de uma casa correndo e latindo pra mim, enquanto eu levantava... Me assustei, gritei com ele e chorei... Tudo ao mesmo tempo...!
Telefonei para a Julie, motorista hoje e ela foi me buscar e me deu carona até a 1ª parada de apoio, enquanto eu me acalmava.
Hoje, pedalaríamos todo o tempo ao longo da US 90. Segui sozinha com o bike-barulhinho, que continuava!
Fotografei pato com crista em Ponce de Leon, bebi água e segui.
Em Chipley, parei para almoçar um sanduiche bem gostoso com coca-cola, na cpanhia de Linda, Ann e Susan. Aos poucos, outras ciclistas se juntaram a nós no "1901 Gallery & Cafe".
Dali, tínhamos mais umas 23 milhas / 37 km até Marianna.
Em um trecho da estrada, ouvi um barulho alto do outro lado da estrada, como se fossem gritos... Um grito mais agudo e outro mais grave, repetidamente. Pensei que talvez fossem crianças brincando de gritar. Mais tarde, Mel nos contou que era um cabritinho com a cabeça presa numa cerca de arame farpado, que gritava de um lado e a sua mãe do outro. Mel, intrigada, atravessou a estrada e livrou o filhote! Boa, Mel!
Eu seguia atrás de May e Brenda. Encontramos Mel trocando pneu furado de Linda e seguimos as 5 até o hotel. Me senti protegida, pois naquele trecho, a estrada não tinha acostamento e Mel permitiu que eu seguisse à frente delas.
Cheguei no hotel "Days Inn" estressada. Agradeci à Mel a "escolta" e fui mostrar à Carol aquele barulho que me acompanhava à dias. Conclusão: como temia, os raios do novo pneu traseiro estavam frouxos e precisavam de aperto com ferramenta própria.
No dia seguinte eu iria dirigir o SAG-car, mas só teríamos um bom cicle no nosso dia de folga, quando Carol levaria meu pneu para um bom cicle em Talahasee!
Isso me chateou muito... ! O jeito era não pedalar, para não arriscar quebrar os raios e complicar a minha história...
Pelo menos hoje, consegui pedalar 75 milhas / 120,5 km